Programa de Infraestruturas tem 200 milhões para reforçar as ligações com Espanha
Primeiro-Ministro António Costa visita empresa vinícola, Meda, 18 janeiro 2019
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que no «Programa Nacional de Infraestruturas, que na semana passada apresentámos na Assembleia da República, estão previstos 200 milhões de euros para vir a financiar aquilo que viermos a acordar com Espanha, como as intervenções prioritárias para reforçar as relações transfronteiriças».
O Primeiro-Ministro, que discursava após visitas à Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo e à empresa de viticultores Quinta d’Aldeia, em Mêda, referiu que o tema da cooperação transfronteiriça foi definido «como objetivo fundamental» da próxima Cimeira Luso-Espanhola, tal como já o foi da de 2018.
António Costa afirmou também que a próxima Cimeira Luso-Espanhola, que terá lugar na Guarda, em junho, discutirá as intervenções a fazer «nas infraestruturas rodoviárias, fluviais e ferroviárias para reforçar» a ligação transfronteiriça.
«Porque, de uma vez por todas, temos de utilizar aquilo que foi uma trincheira que durante séculos se justificou para afirmarmos a nossa independência nacional como um ponto de ligação com Espanha», disse.
Estas ligações, ao aproximarem o interior do mercado espanhol, criarão melhores condições para atrair empresas que gerem emprego e fixem populações nas regiões do interior.
Para isso, o Governo, que na reprogramação dos fundos comunitários reforçou em cinco mil milhões de euros as verbas destinadas ao apoio ao investimento empresarial, estabeleceu que «desses cinco mil milhões, 1 700 milhões só podem ser utilizadas por empresas precisamente nos territórios de baixa densidade».
O Primeiro-Ministro recordou ainda que o Orçamento do Estado para este ano também prevê «incentivos fiscais muito importantes» para as empresas que se queiram fixar no interior.
Investimento no regadio em Mêda
Na visita à empresa de viticultores Quinta do Vale d'Aldeia, em Mêda, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, anunciou que o projeto da construção do regadio da barragem da Coriscada está em condições de ser candidatado ao programa nacional de regadios.
O projeto irá irrigar 210 hectares, abrangerá 162 proprietários e representará um investimento de 14 milhões de euros.
António Costa disse que este investimento tem o «efeito reprodutivo de melhorar a produtividade» das produções agrícolas no território e de trazer novas produções.
«E basta olhar para aquilo que foi a capacidade transformadora que o Alqueva teve no Alentejo para compreender a importância que pode ter para todo o País este alargamento deste programa de regadio», acrescentou.